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25 janeiro 2006 

Pulinhos

José Almeida Campos morava num bloco residencial no centro da cidade com sua mulher e, como todas a grande maioria das pessoas que moram em locais predominantemente urbanos, tinha vizinhos. O homem que morava no apartamento da frente chamava-se Dagoberto, que tinha lá seus cinqüenta anos. Os dois, como bons vizinhos, se encontravam e sempre se cumprimentavam. E José sempre dizia algo como “E o nosso time, hein” ou “Qualquer dia o senhor tem que ir num jogo comigo seu Dagoberto” e o homem sempre respondia “Quem sabe, quem sabe”. Gostavam de futebol, ambos. É claro que gostavam de futebol, eles eram brasileiros ora bolas! E isso no tempo que Michel Jackson era negro e que não existiam homens que não gostassem de futebol no Brasil, a exceção de alguns estrangeiros.
Acontece que um dia, numa quarta feira para ser mais preciso, Dagoberto bateu na casa do seu vizinho. “O José, tu vais ir ao jogo hoje?” “Claro, to saindo daqui a pouquinho, quer ir junto seu Dagoberto?” “Opa, deixa só eu pegar minha japona rapaz”. E Assim foram os dois ao jogo do time que aprenderam a gostar com seus pais, o Invenhauto.
Durante o jogo, Dagoberto tinha uma expressão estranha no rosto, como se quisesse falar alguma coisa importante e não soubesse como. José se preocupava, achava que tinha algo a ver com o fato de seu vizinho ter perdido a mulher não fazia nem seis meses, mas não se atrevia em tocar no assunto com um homem tão sisudo e polido como ele. Naquele tempo o estádio do time Invenção Do Autor Futebol Clube era ainda em um local ainda muito úmido, de barro pastoso. Volta e meia tinha um valão, um seguimento sem terra, que os torcedores tinham que pular para chegar ao estádio. No fim o jogo empata, e os dois vão saindo do estádio quando se deparam com um desses denominados valões. José, vinte ou trinta anos mais novo que seu parceiro de arquibancada, apressa-se em pular e estender a mão. Dagoberto nem olha para a mão e pula, ainda que com alguma dificuldade, o buraco. Surpreso com tamanha agilidade em alguém tão velho (naquela idade José achava que alguém com 55 anos ou mais era um ancião), disse-lhe “Mas o senhor ainda dá seus pulinhos em seu Dagoberto?”. Dagoberto encheu-se de alegria. Era ali, naquele momento. “Rapaz, tu sabe que tem uma moreninha lá naquela rua, tão bonitinha. Ela me espera sempre as terças feiras, de banho tomado e tudo. Já faz mais de um ano e ela continua cobrando baratinho, mas é uma tetéia de menina”. Imediatamente a expressão de ansiedade de Dagoberto transformou-se em um sorriso de satisfação.

QUE?!?!!?
moreninha????
bonitinha????

tsc tsc tsc
chambi chambi...

eu estou comprometida, e não cobro barato não!
:D (aaah tri)

mto bom mto bom.
:)

hahahahaha... muito bom.

Sisudo, mas espertinho.

É isso aí. Viúvo é quem morre.


Mas, pô... ele chifrava a defunta? Que sacana!


beijos

reverenciado.

Mas olha eu aqui...

Que criatividade ein moço....

Acho que este bolg também vai fazer parte do meu circuito de cometários...

OK?


XD

Beijos

eu sorri no fim do texto.
sorriso de lagarto. (que??)

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