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15 fevereiro 2006 

O divorcio - Parte 1 de 3

Ele ouviu o carro dela chegando. Ruído característico da lata-velha. Ele trajava apenas a camiseta com a qual dormira e uma cueca antiga. Ela uma saia justa nas coxas e alguma peça de roupa muito decotada, salto alto preto. Ela bateu na porta e esperou. Ele olhou-se no espelho enquanto levantava da cama para atendê-la. “Não fiz a barba ainda essa semana, está na hora”, pensou. Ela tornou a bater.
-Abre logo essa porta Roberto, eu sei que você ta ai.
Ele caminhou devagar, passou pela cozinha. Estava imunda. Estava imundo.
-Porra Roberto, abre a merda dessa porta.
Ele Abriu.
-Hum? - disse ele.
-To tentando te ligar a duas semanas, o que aconteceu?
-Eu não atendi.
-Engraçadinho. Já assinou os papéis?
-É, tão por aí.
-Pode pegar?
Ele vira pra trás e olha o lugar. Garrafas de cerveja, embalagens vazias, pratos sujos, copos sujos, uma garrafa de vodka quebrada, um copo com um resto de vinho azedo, uma caixa de leite, outra de suco, mais algumas garrafas vazias e copos sujos.
Virou-se para dar caminho para Clarissa, entendeu o braço para dentro da casa e disse:
-Se achar é seu.
-Seu traste, não acredito que estás fazendo isso!- esbravejou ela.
-De quem é o interesse?- ele sorriu e levantando as sobrancelhas.
E dizendo isso se virou e seguiu em direção ao quarto. As pernas brancas andaram flacidamente pelo caminho. Pegou um copo próximo e botou gelo. Encheu de vodka até a borda...
-Você continua bebendo tudo isso Roberto?
-Bom Clarissa, você sabe como é. Minha mulher quer o divórcio, meu pai morreu ah umas duas semanas...
-Ah não, nem me venha com essa.Você sempre odiou seu pai, e bebia desde quando nos conhecemos. Vai dizer agora que o divórcio afetou sua “estabilidade emocional”.
Ela remexia entre os papéis soltos na mesa. Ele estava numa grande ressaca. Já havia se acostumado com as grandes ressacas. Era perto das cinco da tarde e ele recém saíra da cama.
-Eu te amo Clarissa.
-Claro Roberto. Claro.
-É sério, você sempre foi uma boa foda.
-É isso que eu sempre fui pra você? Uma boa foda?
-Bom, eu amo uma boa foda.
-Que droga Roberto! Eu também adoro uma boa foda, mas será que esse tempo junto comigo você só pensou em mim como uma boa foda? É por isso que não posso ficar com você , Roberto. Você é um canalha!
-Você sempre soube que eu era um canalha. Foi a primeira coisa que eu te disse quando fomos apresentados.
-E como é que eu ia saber que não era uma brincadeira de algum engraçadinho tentando aparecer? “Oi, meu nome é Roberto, eu sou um canalha”. Me poupe!
Ela não encontrou nada na mesa, mas organizou os copos todos juntos em um canto, e tirou os cacos de vidro e botou-os no lixo. Dirigia-se para a mesa do quarto.
-Oquei, eu confesso. Você sempre foi boa em arrumar a casa também.
-Você não presta mesmo.

Eu tinha escrito um super comentário gigante, mas não deu =/
aí eu tive uma crise de infatiliti aguditi e bati o pé e espanquei o teclado.
Agora néam, perdi o raciocínio.
Mas EU AMOOO O ROBERTO!
Ele é o homem da minha "vidi", salafrário, patife, safado.
Te amo também futuro marido, com todo respeito à atual esposa.
Já te disse que esses teus textos me pilham afu? Não tds "estes". Tá eu já disse.
Tá eu sou viceral, me pilho mesmo, e aí?
Se tu não gosta,manda um memorando.

Ah, que bom filho de uma boa puta esse Roberto, aê.

Bem, ela tb é muito trouxa, né? Eu teria deixado o puto apodrecer, junto com os restos de comida e bebida.
Afe.


Mas, uma coisa é certa: é dos canalhas que nós gostamos mais.
Creia-me.

beijos

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